Resenha - A Vida em Tons de Cinza - Ruta Sepetys

Recebi este livro da parceira do blog Editora Arqueiro e... leiam o que eu achei.

Livro: A Vida em Tons de Cinza
Autora: Ruta Sepetys
Ano: 2011
Editora: Arqueiro
ISBN: 978-85-8041-016-7
Páginas: 240
Tradutora: Fernanda Abreu
Minha Avaliação: 5 estrelas (Ótimo)


Sinopse:  Lina Vilkas e uma lituana de 15 anos cheia de sonhos. Dotada de um incrível talento artístico, ela se prepara para estudar artes na capital. No entanto, a noite de 14 de junho de 1941 muda pra sempre seus planos. 
Por toda região do Báltico, a polícia secreta soviética está invadindo casas e deportando pessoas. Junto com a mãe e o irmão de 10 anos. Lina é jogada num trem, em condições desumanas, e levada para um gulag, na Sibéria. Lá, os deportados sofrem maus-tratos e trabalham arduamente para garantir uma ração ínfima de pão. Nada mais lhe resta, exceto o apoio mútuo e a esperança. E é isso que faz com que Lina insista em sua arte usando seus desenhos para enviar mensagens codificadas ao pai, preso pelos soviéticos. A vida em tons de cinza conta a história de um povo que perdeu tudo, menos a dignidade, a esperança e o amor. Para construir os personagens de seu romance, Ruta Septys foi à Lituânia a fim de ouvir o relato de sobreviventes dos gulags. Este livro descreve uma parte da história muitas vezes esquecida: o extermínio de um terço dos povos do Báltico durante o reinado de horror de Stalin. Para Estônia, Letônia e Litânia, essa foi uma guerra de feita de crenças. Esses três pequenos países nos ensinaram que a arma mais poderosa que existe é o amor, seja por um amigo, por uma nação, por Deus ou até mesmo pelo inimigo. Somente o amor é capaz revelar a natureza realmente milagrosa do espírito humano.

A estória fictícia conta como a vida de Lina Vilkas mudou drasticamente em 14 de junho de 1941, dia que a NKVD levou ela, junto com sua mãe e seu irmão para um Campo de Trabalho (ou devo dizer Campo de Exploração). Vivendo em situações desumanas, Lina junto com os outros deportados ainda acreditam que um dia saíram vivos daquele lugar.

"Vocês algum dia já pensaram em quanto vale a vida de uma pessoa? Naquela manhã, a vida do meu irmão custou um relógio de bolso." pág 27

Vou começar comentando a capa e o título. A capa é muito bonita, e gostei muito que a Arqueiro manteve a original, ela é muito bonita ao vivo, e pelo meu entender, a plantinha é a esperança que não morreu no coração deles. O título tem tudo a ver com o livro, tudo bem que terminar para entender mas a ideia de ser este título foi uma das melhores.

Por ser uma estória fictícia, poderia dar 2,3,4 estrelas. Mas no fundo desta estória é muitas verdades. Os personagens retratados nunca existiram, mas as dificuldades para viver que eles passaram infelizmente existiu. Por isso o classifiquei-o com 5 estrelas pois é bem detalhados neste aspecto.

Este livro me fez refletir muito, pois devemos estar gratos da vida que temos. Nossos pequenos problemas são insignificantes comparados ao que aquelas pessoas passaram. Mas aí você pensa " Isso aconteceu faz tempo, impossível acontecer de novo", isto esta errado, não sabemos o amanhã, por isso vivia cada dia como se fosse o último.

Espero ter passado a emoção que o livro causa, mas digo uma coisa quem gosta de história deveria ler, que se interessou deveria ler, que acha que sua vida está horrível deveria ler.

Abaixo o vídeo da autora, que mostra como escreveu o livro, os depoimentos que ela conseguiu, tudo que a inspirou para terminar esta obra.